quarta-feira, 6 de maio de 2009

A perfeição dos bebês


A perfeição dos bebês

Como você era perfeito quando era bebezinho. Os bebes não tem de fazer nada para se tornarem perfeitos, eles já são perfeitos e agem como se soubessem disso. Sabem que são o centro do Universo. Não têm medo de pedir o que querem e expressam livremente suas emoções. Qualquer um sabe quando um bebê está bravo, aliás, toda a vizinhança sabe. Também se sabe quando eles estão felizes, pois seus sorrisos são capazes de iluminar um quarto inteiro. Os bebês são cheios de amor.

Crianças muito pequeninas morrem se não recebem amor.

À medida que vamos ficando mais velhos, aprendemos a viver sem amor, mas os bebês não suportam isso. Os pequeninos também adoram cada parte de seu corpo, amam até suas próprias fezes.

Eles têm uma coragem incrível.

Você era assim. Nós éramos todos assim. Então começamos a ouvir os adultos à nossa volta que haviam aprendido a ser medrosos e passamos a negar nossa própria magnificência.

Nunca acredito quando os clientes tentam me convencer de como são horríveis ou tão pouco dignos de amor. Meu trabalho é levá-los de volta à época em que sabiam como realmente amar a si mesmos.

Exercício: Espelho

Peço ao cliente para pegar um espelho pequeno, olhar bem nos olhos, dizer seu nome e depois: "Eu o amo e aceito exatamente como você é".

Esse exercício é extremamente difícil para muitas pessoas. É raro eu obter uma reação tranquila, muito menos um pouco de alegria com essa prática. Alguns choram ou ficam com olhos marejados, outros se enfurecem, outros ainda menosprezam suas feições ou qualidades, uns poucos afirmam que não conseguem. Cheguei a ver um homem atirar o espelho para longe e querer fugir.

Precisei trabalhar meses seguidos com esse cliente até ele poder começar a relacionar-se consigo mesmo no espelho.

Por muitos anos eu olhei no espelho apenas para criticar o que eu via nele. Hoje, quando me recordo das intermináveis horas que passei acertando as sobrancelhas, tentando me tornar razoavelmente aceitável, acho graça. Lembro-me bem do medo que eu sentia de olhar dentro dos meus próprios olhos.

No meu trabalho, esse exercício me mostra muito. Em menos de uma hora sou capaz de atingir o âmago da questão sob o problema externo. Quando se atua apenas no nível do problema, gastam-se horas intermináveis trabalhando em cada detalhe e, no instante em que tudo parece "arrumado" ele brota num outro lugar qualquer.