quinta-feira, 10 de junho de 2010

O PODER E CIÊNCIA DO VERBO



O nível de instrução, para que possais entender, o valor do SOM, passa,
como não poderá deixar de ser pelo valor e poder da Palavra Falada, um dos princípios
guardados pela "GNOSE" (Conhecimento) contido na Igreja Esotérica de João e
praticado por todos os Grandes Sábios.
No livro "O Rosário de Luz" dei-vos o Conhecimento de alguns dos Mantras
(sons sagrados para movimentar Energias Cósmicas), para trabalhardes com os
chakras e com o Pai-Nosso em Mantra tal como vos foi dado pela Igreja Católica
(porque o verdadeiro é muito diferente.)
Este yoga do Som é chamado de MANTRA-YOGA.
O Mantra nem sempre tem de ser falado. Basta ser pensado. Há Mantras
que devem ser pronunciados e outros para serem vibrados em Silêncio.
A palavra Mantra, vem do Sânscrito e vem de Man(mente) e tra
(instrumento).
O instrumento da mente é a palavra ou a vontade, constituindo o elo de
ligação, de expressão, entre o homem e o mundo e entre o homem e Deus.
O Mantra é Poderoso pois é a expressão do verbo.
Cada Som emite uma determinada vibração, específica e particular.
O Mantra é o tipo de instrumento que pode dominar, controlar e organizar a
mente. Pode agir nos níveis físico, psicológico e mental.
Deve saber-se que este processo não é apenas o som a produzir um
determinado fenômeno, mas também a energia mental desde que corretamente
direcionada.
A mente tem o hábito de permanecer fixa em padrões de comportamento,
estereótipos, e respostas automáticas. As impressões mentais (vittis) podem ser
removidas com a utilização da palavra sagrada. A mente não para. É um fluxo de
pensamentos e imagens. O Mantra ajuda no trabalho da limpeza mental.
Para isso é necessário aprender a manter a mente em branco, trabalho
muito difícil para os principiantes. Nestes casos o recurso ao Mantra pode ajudar a
estabelecer uma melhor conexão ou concentração, aproximando o pensamento de um
novo ritmo, propiciando o afinar-se à vibração de padrões mais elevados, permitindo o
aflorar da Divindade Interna. A repetição dos sons escolhidos limpa a mente e a
interiorização do Mantra, por si, liberta do ciclo obrigatório da morte e renascimento
(Samsara). Deve ser pronunciado diariamente, com calma e concentração.
Cada Mantra tem um sábio (rishi) que o manifestou, um devatã (divindade)
ao qual está dedicado, um Kilakam (coluna ou ritmo) e um Bija (semente), que lhe dá um
significado, uma intenção.
Deveis lembrar-vos que o Mantra é de inspiração Divina. O rishi que
pronuncia fá-lo porque um Devatã o inspira. O Devatã pode ser uma entidade-luz, a
força luminosa subconsciente que existe no homem ou mesmo um anjo.
A respiração correcta é, acima de tudo importante para toda e qualquer
prática da yoga, sendo a semente da vida (o Sopro Divino que fertiliza). Não é por
acaso que o primeiro homem se lhe pôs o nome ADAM. O Seu Nome Sagrado é
composto de "ADI" (Divindade) + "AHAM" (Sopro,Alento).
Sem alento não há vida. Pode-se viver muito tempo sem alimento, mas só
alguns minutos sem ar. Todos sabem disso, mas muito poucos sabem que respirar
significa muito mais do que apenas o deixar o corpo tomar o ar que necessita. A
respiração, mais do que esta função, é um elo importante entre o corpo e o espírito,
tendo uma influência profunda no processo psicossomático.
A yoga esteve milénios no domínio dos segredos de sociedades secretas e
escolas iniciáticas, sendo que só foram estes ensinamentos tornados públicos à
humanidade quando chegou o momento desta se preparar para o grande voo colectivo,
a Grande Iniciação e o seu salto interdimensional no Cosmos. Tudo tem um propósito1.
A mente tem dois movimentos. Um é centrífugo e outro é centrípeto.
Através dos indriyas (os sentidos) a mente contata com o universo
externo, ficando prisioneira dessa relação. Dirige-se para o mundo, interessa-se por
nama (nome) e rupa (Forma) dos seres animados e inanimados. Fica agitada com os
dados dos sentidos, com as sensações que despertam essas relações. Parece-lhe que
nunca poderá voltar a si mesma. Não consegue interiorizar-se, pois mesmo quando o
homem está só, ele se concentra e segue pensando no que viu e no que ouviu, no que
gosta ou no que não gosta. Este é o movimento centrífugo da mente – o que a
direciona para o mundo; é um movimento de exteriorização, caracterizando-se pelo
deslocamento da consciência para entrar em relação com os objetivos e pessoas.
O caminho da interiorização e introspecção aponta para o centro, para si
mesmo. Este é o movimento centrípeto da mente. Quando se cansa do processo
ilusório, do ganhar e perder, o que lhe acarreta sofrimentos, acabará por entender
que há algo mais para além do jogo de nascer e morrer, do calor e do frio, do prazer e
da dor... uma outra realidade fora do espaço e do tempo, que é de outra Dimensão. O
Vedanta designá-lo-á por Atman (espírito), a yoga, de Purusha, mas o importante é
saber que há algo que transcende a matéria e o seu fluir constante de formas que
nascem e morrem.
Há algo para além da roda do Samsara. Quando o homem dirige a atenção
para si mesmo, começa então a maior aventura do seu tempo. Inicia o processo de
autodescoberta, o reconhecimento da sua própria identidade, o EU DIVINO, não como
mero conceito, mas como percepção real, como vivência.
Este é o caminho do autoconhecimento, do encontrar a Divindade dentro de
si. O caminho que EU e Jesus apontamos à humanidade e que os coloca na situação de
Autoconvocados, tornando-os resgatáveis, pois na verdade, ao serem autoconvocados
é porque são seres que desenvolveram em si a Consciência de resgatáveis, por isso são
"autorresgatáveis". Têm em si acesa a chama da Consciência Crística.
É preciso muita disciplina para, uma vez tocada a Realidade Maior do Ser
Interno, não voltar a "Cair da Presença Divina". É necessário adaptar-se a uma nova
dinâmica para poder cortar os caminhos que levam a mente para o mundo, buscar uma
corrente de pensamentos de outro teor, adequar a mente a novos padrões e acalmá-la,
tranquilizada a mente, ela brilha por si mesma na Consciência de VAJRA (Diamante).
Fechar os olhos, isolar-se das coisas do mundo, permanecer em estado de
quietude mental e física, em silêncio interior e exterior, jejuar e controlar a
alimentação, são formas que ajudam a interiorização. A repetição do Mantra fixa a
mente num ponto. Quando pronunciais "Pai-Nosso que estais nos Céus" invocais uma
força que existe na natureza e em vós mesmos. Desta forma o poder interior encontra
um canal para se expressar. O Mantra age como um instrumento eficiente nas mãos do
Discípulo.
O Caminho para Deus (O Santo em Vós) o fazeis pela devoção e oração –
BAKTI-Yoga, como pela meditação comtemplativa do Rajá-Yoga ou do Agni-Yoga, nos
casos mais adiantados.
O Tantra-Yoga e o Kundalini-Yoga, são Caminhos para a Divindade.

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